quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Quando o espelho parte - Trânsitos de Saturno na Casa 7




O sol em escorpião juntou-se a Saturno nos últimos dias, e ambos dançam ali pela casa 7.
Propuseram trazer bloqueios, obstáculos completamente ( in) esperados nos relacionamentos.
Propostas essas lançadas há cerca de dois anos para cá e agora, intensificando-se, prontas para a colheita.
Do que foi ou mais provável , o que não foi, feito e apreendido nas lições imensas que todas as relações que atraímos até nós nos trazem.
Até onde a dificuldade de entrega e intimidade não é mais que um problema de identidade ?
Até onde vamos para esconder os esqueletos no armário?
A obsessão de um desejo ?
A compulsão de uma vontade?
Quando foi que deixamos de ser honestos com o tamanho da nossa verdadeira profundidade?
De repente deixa-se de poder brincar aos espelhos, algo que a casa da Balança vibra a fazer, e passa-se a olhar cruamente para a projecção de nós mesmos nos outros.
Existe o bloqueio até integrarmos essa visão menos cor de rosa da pessoa que está é apontar mais para uma falta nossa do que outra coisa.
Estamos ainda dentro da estação de Escorpião, a estação do deixa-te de m***** e assume o que és ou não és tanto assim.
Dá me a verdade do que dói.
A estação onde só aqueles que ganham a coragem para se despirem na integra a frente dos outros, que nada nada são do que extensões de si, vivem.
Sim porque  sobreviver apenas não é e será nunca, opção para quem se alimenta do condão visceral nas profundidades fixas desta energia.
Aqui dá se o mítico beijo onde o veneno é a única cura.
Este trânsito particular vive naquilo que permite morrer.
Naquilo que deixa que parta sem saber se volta.
Sem saber se transforma ou acaba de vez.
Confiando.

Coisa pouca .

O ciclone está a varrer o outro mas esse ciclone és tu.

Get it?








                                                           Sarah Moustafa