" You
want a love that consumes you. You want passion and adventure, and even a
little danger..."
Vénus natal em Libra.
Domiciliada, confortável nos âmbitos venusianos, agradáveis,
belos e deleitosos.
Supérflua? Não !
Superficial, sim , mas por opção.
É mais fácil ir molhando os pés no mar, fugindo quando
queremos para a areia, terra firme, zona confortável onde repousar, do que
arriscar uma submersão nesse mar de confrontação, profunda.
Plutão.
Aqui a Vénus vibra no elemento Ar, não esquecendo, que o
processo mental é de clara compreensão ao que deveria ser feito.
Não faz, mas sabe.
É consciente do accionamento desses mesmos padrões de fuga e
ilusão. (Vénus quadratura Neptuno )
E de tanto fugir do seu medo é apanhada por ele mesmo.
Engolida ao fundo do abismo de si quer queira quer não.
Afinal estamos a falar de Plutão, quem e que lhe resiste?
Debaixo da carpete o chão está sujo.
Sabemos que essa sujidade faz parte da decoração da nossa casa
há anos.
Conformamo-nos, não se vê, ninguém sabe.
Não se vê, não é real.
Mas sabemos e esse tremendo conhecimento, do que está errado,
é exaltado no curso deste trânsito de quebras e reestruturações.
Aqui já não há como suportar a ideia da sujidade escondida,
ela atormenta-nos a cada segundo até voluntariamente ou não, ganharmos coragem
de lá ir limpar.
E se não ganhamos Plutão ganha por nós!
Ok?
Não porque queria ver aquilo limpo, mas antes assumido!
Sim sujaste, escondeste, afinal nem tudo é assim tão belo
pois não?
Afinal tu também ages da forma que te exaspera, tu também és
assim , pois és antes de mais, humana.
E ser humana é aceitar a intolerância e não como um acto de
solidariedade, mas de inevitabilidade perante o conjunto de energias que nos
compõe.
Ser tolerante com a nossa condição imperfeita mas
transformadora.
E durante este trânsito particular o que se transforma?
Os teus valores.
Os penhores desses mesmos valores.
Os teus amores.
E as dividas dessas dores.
Existe uma certa sensação de predestinação nos
relacionamentos trazidos literalmente das sombras, são fatais. Obsessivos.
Compulsivos.
A sexualidade assume expressão propria, exacerbada pelo canal livre que finalmente dela se escoa.
Aqui é a primeira vez que a Vénus sabe que já não vai poder
"brincar" mais ao amor.
Vai amar mesmo, e vai doer.
A sério.
E vai leva-la aos confins do inferno, aquele mesmo privado
que ela nunca ousou visitar.
O seu.
Sarah Moustafa
Grata, pela partilha, Sarah!
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