Gosto de comunicar.
Gosto de meios de comunicação, gosto da informação que esses meios , seja este qual for, nos proporcionam.
Gosto da saber as maiores trivialidades e as mais complexas questões existenciais.
Gosto de saber.
Ascendente em Gémeos!
Certo?
Gosto tanto que chego a detestar o quanto gosto.
Identifico-me em demasiado, envolvo-me emocionalmente em simples parágrafos de relatos que nada pessoalmente me dizem, supostamente.
Mas dizem tanto!
Existe um tipo de comunicação que especialmente me atenta.
A emocional.
E de longe pensando no conceito envolto dos processos racionais geminianos e discriminativos virginianos, tal dimensão de cariz emocional me parecia fazer sentido.
Regente do Ascendente, Mercúrio, onde está?
Em Balança.
Exaspera-se com injustiça de toda e qualquer forma, fica perplexo com as atrocidades que o ser humano consegue cometer, certo...
Mas mesmo dentro desse impressionismo, Mercúrio em Balança continua a ter uma tónica racional, elemento ar, e mesmo nos mais hediondos actos consegue ver-lhes um sentido.
Não é neste ponto, novamente que encontro a resposta que procuro.
Mercúrio quadratura Neptuno.
Certo...
A minha comunicação influencia-se sobremaneira pela extrema sensibilidade que a compõe de tanto que dificulta o devido discernimento.
Objectividade também não é o forte dos processos mentais inerentes neste aspecto.
A psique confunde-se nela mesma não sabe onde começa e acaba o seu e outros pensamentos.
Aqui está, demasiada identificação.
Esponja de toda a devida e indevida informação.
Não se consegue definir nela.
Que signo está na minha casa III?
CARANGUEJO.
O meu conhecimento, a minha alimentação intelectual nutre-se da mesma dimensão emocional.
Transtornam-me sobremaneira mas eu procuro inconscientemente este tipo de tónica, nas noticias que leio, nas palavras que escrevo, em qualquer percepção sensível que me equaciona o intelecto.
Lua onde está?
Balança.
Mais uma vez a dimensão humana e das suas inter-relações, que nutre o pano de fundo da sua mais instintiva projecção.
E o que quadra esta Lua ?
Neptuno, Novamente.
Sensibilidade Exacerbada que até ser minimamente entendida, provoca todo o tipo de tumulto caótico permitido na apoteose que uma Lua e Neptuno conseguem conter.
Sensibilidade mal direccionada.
Decepções atrás de decepções.
Com ela mesma!
Sem fronteiras sente o sofrimento alheio como o seu e carrega-o para todo o lado.
Novamente o efeito profundamente esponja.
As emoções dos outros são as suas. Ponto.
Absorve tudo quanto no meio ambiente pode ser absorvido.
Caso típico de que a emoções podem ser um vicio cíclico imparável.
Podem não... São!
E chega de vitimar.
Como se resolve ? Se é que se pode fazê-lo?
Canalizando a sensibilidade extrema a uma potencialidade.
Tira-la da inundação psíquica a que se reflecte e canaliza-la na casa devida.
Casa 5.
Processos criativos.
Fazendo por exemplo o que estou a a fazer neste texto e o que faço em qualquer outro que escreva.
A minha identidade firma-se no absolutismo do que eu crio e o que eu preciso criar é toda a inteligência emocional.
Há tanto drama que um corpo consegue carregar e no papel , o pensatório, escoa-se devidamente o assunto, sobrevive-se e cresce-se continuamente, aprendendo a flutuar no tsunami e não a fugir dele.
E a que vem a propósito este texto?
A noticia da morte de um menino de três anos, vitima de leucemia.
A morte de um ser que de longe acompanhei e senti como minha.
Uma noticia que me absorveu estas horas.
Que me fez querer chorar tremendamente e que para me relembrar do porquê, porque "isto" me acontece e o que preciso de fazer e aprender no "isto" que vai sempre acontecer.
Sarah Moustafa
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