A Trivialidade
ou
8 de Arco- Irís
A figura desta carta caminha calmamente pela natureza, querendo passar a mensagem de como existe tanta beleza no simples, ordinário, comum , ou o que assim associamos de .
E como tomamos este mundo, BELO, como garantido .
Desde o acto de limpar a casa, cuidar do jardim ou desfrutar do prazer de uma refeição, quando estás completamente envolvido e entregue, a essas tarefas " mundanas ", elas facilmente adoptam uma função sagrada.
Esta semana é nos proposto desfrutar de tanto enamoramento ,que pode existir no quotidiano, independentemente de achares que fizeste algo inspirador ou original o suficiente, com ou sem o reconhecimento e validação externa, com ou sem ganhos acrescidos aquilo que te dedicas a fazer.
Se tudo que ao nosso encontro vier, esta semana, for abordado com uma qualidade prática, simples e natural poderemos beneficiar dos resultados mais benéficos e proveitosos em relação ao que desejamos.
O melhor que individualmente temos a oferecer ao colectivo é simplesmente o acto de passo a passo receber a vida, sendo-a .
Pensa na coisa mais trivial, mundana, aparentemente desnecessária , que gostas de fazer, que te inunda os sentidos físicos de satisfação.
Pensa, sente e desfruta.
E depois fá-lo outra vez.
E...
Outra vez....
É mesmo essa a ideia, apaixonares-te por tudo aquilo que já conheces e respirar gratidão por elas estarem sempre contigo.
" Ás vezes, nalgum momento raro, tornas-te UM .
Observa o oceano e a sua tremenda rebeldia, de repente esqueces-te da tua divisão, da tua esquizofrenia, tu relaxas.
Ou indo aos Himalaias, vendo a neve branca e pura no topo montanhoso , de repente, o frio rodeia-te e já não precisas de mentir, ali não existe outro ser humano a que mentir. Tu cais em conjunto.
Ou ouvindo aquela música inspiradora, tu cais com ela.
Sempre e em qualquer situação que te tornes Um, a paz, a felicidade, o esplendor , rodeiam-te, surgem em ti e tu sentes-te preenchido
Não há necessidade de esperar por esses momentos. esses momentos podem tornar-se o teu estado natural de ser e viver ..
Esses momentos extraordinários podem tornar-se ordinários, quotidianos... aliás esse é o próprio esforço do Zen.
Tu podes viver uma vida extraordinária numa vida bastante comum.
Tanto a cortar madeira, como a transportar água do poço, tu podes estar tremendamente pacificado contigo mesmo.
A cozinhar, a limpar o chão, a lavar a roupa ... podes estar em perfeita paz.
Porque a questão é que és tu que fazes acção na totalidade, apreciando-a, desfrutando -a. "
Osho Dang Dang Doko Dang, Capitulo 3
Sarah Moustafa
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