sexta-feira, 1 de maio de 2015

Virgem - Carta do Mês de Maio *




Os Enamorados


Aquilo que chamamos de amor é na verdade todo um espectro de diferentes modos de nos relacionarmos, abrangendo desde a terra até o céu. No nível mais terreno, o amor é a atracção sexual. Muitos de nós continuamos presos nesse nível, porque o condicionamento a que fomos submetidos sobrecarregou a nossa sexualidade com toda a espécie de expectativas e de repressões.

Na verdade, o maior "problema" do amor sexual é que ele nunca perdura. Só quando aceitamos tal facto é que podemos celebrá-lo pelo que ele realmente é - dar as boas-vindas ao seu aparecimento, e dizer adeus com gratidão quando ele se vai embora.

Então, à medida que vamos amadurecendo, podemos vivenciar o amor que existe além da sexualidade, e que honra a individualidade singular do outro. Começamos a compreender que o nosso parceiro funciona frequentemente como um espelho, reflectindo aspectos desconhecidos do nosso ser mais profundo, e ajudando-nos a nos tornarmos completos em nós mesmos.

Esse amor é baseado na liberdade, não em expectativas nem na necessidade. Nas suas asas, somos levados cada vez mais alto em direcção ao amor universal, que vivência tudo como uma coisa só.


*  Virgem parece que o foco  e as aprendizagens dos últimos meses ou anos ! ,  sobre as parcerias e relacionamentos em geral , não propriamente fácil , começam agora a dar os seus frutos. O que aprendeste sobre o amor ? Sobre o compromisso, a escolha , a verdade de uma voz que nunca se cala, a do teu coração ? Já consegues ouvi-lo? Já consegues atentar á verdadeira natureza criativa e afectuosa com que deveríamos sempre receber estas experiências, independente de ser um elo que dure 1 semana ou 10 anos? Existe sempre algo nessas histórias intemporais, perduráveis sobre um tempo que não existe.... Já consegues perceber o que estou aqui a escrever ? Não ? Volta cá em Junho e conta-me , conta-te , conta-lhe... Onde é que possivelmente não existe hipótese de colocares e receberes amor ??  *


" É preciso ter em mente estas três coisas: o amor de nível inferior é o sexo -- este é físico -- e o refinamento maior do amor é a compaixão. O sexo encontra-se abaixo do amor, a compaixão está acima dele; o amor fica exactamente no meio.
Bem pouca gente sabe o que é o amor. Noventa e nove por cento das pessoas, infelizmente, pensa que sexualidade é amor -- não é. 
A sexualidade é demasiado animal; certamente, contém o potencial para transformar-se em amor, mas ainda não é amor, apenas potencial...
Se nos tornarmos conscientes e alerta, meditativos, então o sexo poderá ser transformado em amor. E se a nossa atitude meditativa tornar-se total, absoluta, o amor poderá ser transformado em compaixão. O sexo é a semente, o amor é a flor, compaixão é a fragrância da flor.
Buda definiu a compaixão como  "amor mais meditação". Quando o nosso amor não é apenas um desejo pelo outro, quando o nosso amor não é apenas uma necessidade, quando o nosso amor é um compartilhar, quando o nosso amor não é o de um pedinte, mas de um imperador, quando o nosso amor não pede nada em troca,  está apenas pronto para dar  -- dar só pela total alegria de dar --, então, acrescentemos a meditação a ele, e a pura fragrância é exalada. Isso é compaixão; compaixão é o fenómeno mais elevado do amor. "




Osho Zen, Zest, Zip, Zap and Zing Chapter 3






Sarah Moustafa

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