“ O Corpo é o palco de acontecimentos desconhecidos da Alma”
Nunca antes, em 23 anos de corpórea existência, me lembro de ter tido um nível de hipocondria e atenção ás contendas ligadas á saúde, como durante este transito de Saturno.
É também o momento de grandes aprendizagens na outra fatia natural da casa 6, casa associada ao signo de Virgem, o serviço, o trabalho.
Para além de um urgente apelo a uma reestruturação ao nível da alimentação, surgiu-me por igual o ímpeto de investigar e aprofundar, para o bem e para o mal, tudo o que comporta a esse nível desejando por vezes não o fazer, pois não conhecendo não me teria de responsabilizar.
Mas se não nos responsabilizarmos durante um trânsito de Saturno, extraindo-lhe das lições as energias mais positivas ao planeta e enfoque da casa associado, que consequências nos traria não tão futuramente assim?
Este Saturno Natal está com um pé na casa 7 e outro na 8, identificando-me um pouco com ambos os posicionamentos, sem saber ainda muito bem a qual delas dignifico mais poder, pois há alturas e alturas e ambas as vivências dessas mesmas casas já me bateram á porta.
Contudo tendo eu um Plutão Natal na casa 6, em trânsito pela 8 conjunto a este Saturno 6, clarifico-me neste período com uma forte necessidade de libertação.
Libertação num sentido da palavra que não se consegue explicar, são impulsos muito internos, tensões muito fortes, sensações nunca antes sentidas e necessitadas de uma atenção e canalização muito especial, que quando não é feita, se somatiza no corpo que parece não lhas conseguir segurar.
Há uma atracção pela destruição mas não no sentido nefasto da semântica, é um impulso de ver as mesmas gastas velhas formas transformadas numa novidade, numa perspectiva muito pessoal.
É trabalhar a consciência da morte, dar-lhe um novo sentido, retirar-lhe a capa do medo, e que difícil é!
Muito difícil desligar ansiedade da proximidade de situações onde sabemos que ela estará presente, é muito difícil desligar também de qualquer sintoma físico por mais subtil que passe.
Não há subtileza nesta conjunção fortíssima, não há delicadeza nos domínios de Plutão, há sim uma intensidade vulcânica, uma lava que têm de escoar, caso contrario a morte não seria assim uma implicação tão assustadora.
Há um trabalhar exaustivo, diário, pois a tentação de ceder á tentativa de controle das coisas tenta ao aparente facilitismo da mesma.
Há um abraçar aos recantos mais ocultos da psique, agarrando neles e vendo-lhes o potencial, incutindo-os nos pensamentos mais sombrios, dando-lhe as luz na profundidade de uma escrita cada vez mais direccionada, guiando-me na busca do maior conhecimento penetrando nos estudos da astrologia.
É sobre este trânsito que iniciei o curso de astrologia, tendo vontade de o fazer há muito tempo, mas reprimindo esse desejo por comodidade, desta vez tal não me foi permitido, foi pensar que não dá para adiar mais, que as energias planetárias a desenvolverem-se em mim não permitiram mais o atraso de uma transformação que se quer já!
É escutar uma voz sem língua, que nos desafia ao trabalho de tradução árdua, é um momento catalisador de mudanças sem retrocesso, que reformulam toda uma estrutura de vida, toda uma estrutura de pensamento, de sentimentos que causam um terramoto avassalador na vida.
Mas é também a luz ao fundo do túnel e o caminho que se quer feito até lá.
Sarah Moustafa
Mas se não nos responsabilizarmos durante um trânsito de Saturno, extraindo-lhe das lições as energias mais positivas ao planeta e enfoque da casa associado, que consequências nos traria não tão futuramente assim?
Este Saturno Natal está com um pé na casa 7 e outro na 8, identificando-me um pouco com ambos os posicionamentos, sem saber ainda muito bem a qual delas dignifico mais poder, pois há alturas e alturas e ambas as vivências dessas mesmas casas já me bateram á porta.
Contudo tendo eu um Plutão Natal na casa 6, em trânsito pela 8 conjunto a este Saturno 6, clarifico-me neste período com uma forte necessidade de libertação.
Libertação num sentido da palavra que não se consegue explicar, são impulsos muito internos, tensões muito fortes, sensações nunca antes sentidas e necessitadas de uma atenção e canalização muito especial, que quando não é feita, se somatiza no corpo que parece não lhas conseguir segurar.
Há uma atracção pela destruição mas não no sentido nefasto da semântica, é um impulso de ver as mesmas gastas velhas formas transformadas numa novidade, numa perspectiva muito pessoal.
É trabalhar a consciência da morte, dar-lhe um novo sentido, retirar-lhe a capa do medo, e que difícil é!
Muito difícil desligar ansiedade da proximidade de situações onde sabemos que ela estará presente, é muito difícil desligar também de qualquer sintoma físico por mais subtil que passe.
Não há subtileza nesta conjunção fortíssima, não há delicadeza nos domínios de Plutão, há sim uma intensidade vulcânica, uma lava que têm de escoar, caso contrario a morte não seria assim uma implicação tão assustadora.
Há um trabalhar exaustivo, diário, pois a tentação de ceder á tentativa de controle das coisas tenta ao aparente facilitismo da mesma.
Há um abraçar aos recantos mais ocultos da psique, agarrando neles e vendo-lhes o potencial, incutindo-os nos pensamentos mais sombrios, dando-lhe as luz na profundidade de uma escrita cada vez mais direccionada, guiando-me na busca do maior conhecimento penetrando nos estudos da astrologia.
É sobre este trânsito que iniciei o curso de astrologia, tendo vontade de o fazer há muito tempo, mas reprimindo esse desejo por comodidade, desta vez tal não me foi permitido, foi pensar que não dá para adiar mais, que as energias planetárias a desenvolverem-se em mim não permitiram mais o atraso de uma transformação que se quer já!
É escutar uma voz sem língua, que nos desafia ao trabalho de tradução árdua, é um momento catalisador de mudanças sem retrocesso, que reformulam toda uma estrutura de vida, toda uma estrutura de pensamento, de sentimentos que causam um terramoto avassalador na vida.
Mas é também a luz ao fundo do túnel e o caminho que se quer feito até lá.
Sarah Moustafa
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