quarta-feira, 1 de abril de 2015

Aquário- Carta para o mês de Abril *




O Isolamento




Na nossa sociedade, principalmente os homens têm sido ensinados a não chorar, a armar uma fachada de valentia quando são atingidos, e a não demonstrar que estão em sofrimento. As mulheres também podem cair nessa armadilha, e todos nós poderemos sentir uma vez por outra, que a única maneira de sobreviver é reprimir os nossos sentimentos e emoções, de forma a que não nos possam ferir outra vez. Se a dor for especialmente profunda, podemos até tentar escondê-la de nós mesmos. Isso poderá tornar-nos gélidos, rígidos, porque lá no fundo sabemos que uma pequena fenda no gelo libertará a dor para que comece a circular outra vez dentro de nós.
As lágrimas com as cores do arco-íris no rosto desta figura encerram o segredo de como te libertares desse "isolamento glacial". As lágrimas, e apenas elas, têm o poder de derreter o gelo. Chorar é bom, e não há motivos para envergonhares te das tuas lágrimas. O choro ajuda nos a fazer passar a dor, permite-nos ter consideração , afinal, ajuda-nos na cura de nós mesmos.

Aquário este mês é proposto que diferencies o desapego do medo. Medo de ser magoado, medo de se expor, medo de viver.
As muralhas criadas a volta de uma atitude demasiado cientifica sobre as coisas não permite que as emoções , o que nos liga todos uns aos outros, se exprimam na sua verdadeira forma .
Júpiter está desde o ano passado no teu signo oposto, Leão, a trazer-te a possibilidade de renovação e fé, possivelmente perdida, que o mundo do amor é um mundo expansivo e que tem que ser recebido de coração aberto.
Então este mês ele retornará ao seu movimento directo e se desejas manifestar para a tua vida o melhor que esta energia cósmica pode trazer, apenas abre-te para ti mesmo  e para o mundo,
Chora tudo o que tens a chorar, termina tudo o que tens a terminar que diga respeito a velhas formas de te relacionares, velhas histórias, velhos traumas.
Quando choras, libertas, limpas o que já não precisas dentro de ti. *


" Somos infelizes porque ficamos excessivamente encerrados em nós mesmos. O que quero dizer quando falo que nós ficamos excessivamente encerrados em nós mesmos? E o que acontece exactamente, quando ficamos excessivamente encerrados em nós mesmos? 
Ou vivemos a vida, ou ficamos encerrados em nós mesmos -- as duas coisas ao mesmo tempo, são impossíveis. Estar em ti mesmo significa estar à parte, estar separado. Estar em ti mesmo significa tornares te numa ilha. Estar em ti mesmo significa traçar uma linha divisória à tua volta. Significa estabelecer uma distinção entre "isto sou eu "e "isto não sou eu ". Essa definição, essa fronteira entre "eu" e "eu não" circunscreve o território do "ti mesmo" (self) -- o ti mesmo isola. E ele torna -se congelado: deixas de fluir. Quando alguém flui o ti mesmo não pode existir.
Com esse jeito de ser, as pessoas quase se transformaram em cubos de gelo. Já não têm calor nenhum, não sentem qualquer amor -- têm medo do amor, porque o amor é calor. Se o calor se aproximar, elas começarão a derreter, e as fronteiras irão desaparecer. As fronteiras desaparecem no amor; na alegria também, porque a alegria não é fria. "

Osho Zen: The Path of Paradox, Volume 1 Chapter 5





Sarah Moustafa

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